sexta-feira, 3 de abril de 2009

CROSSOVER DE MÍDIAS

Foi-se o tempo em que o webjornalismo se resumia simplesmente a juntar informações em um texto e publicá-las em um blog ou site. Para Pollyana Ferrari, autora do livro Jornalismo Digital (que se tornou referência, sendo adotado em todos os cursos de jornalismo do país), as redações online exigem que o repórter, além de escrever, insira fotos, links e edite a matéria.

Hoje em dia, o jornalista que trabalha nas ruas deve andar com computador, celular, câmera digital, gravador de voz, etc. Deve ser um repórter multimídia (“backpacking reporter”). Isso já acontece na agência britânica Reuters, onde um repórter faz a cobertura de uma matéria munido de um celular Nokia N95, microfone e carregador de bateria movido a energia solar. A BBC, de Londres, também já fez experiências similares.

A autora afirma que o mercado brasileiro, de modo geral, ainda é modesto com relação à oferta de conteúdo hipermidiático. A mesma notícia de uma agência jornalística é publicada em praticamente todos os grandes portais brasileiros. Com essa repetição de fatos, o leitor muda de endereço em dois cliques, pois na Internet ninguém é fiel a um endereço apenas.

Para ela, hoje em dia, ter um blog é uma experiência fundamental para o jornalista, pois é o lugar adequado para treinar a linguagem da internet e criar o hábito diário de se reciclar, navegar pela blogosfera.

Pollyana Ferrari faz uma crítica às empresas de webjornalismo. Segundo ela, os profissionais que ali atuam são muito habilidosos e competentes, mas ainda não são valorizados pelo seu trabalho e deveriam ter um salário compatível com as atividades que desenvolvem.


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